30 maio, 2008

Tocando o eterno

Eu sempre achei que existe um momento em que, no ato de tocar, estamos tão fundo no mergulho que damos, que temos a sensação de não sentir mais o tempo. Quando estou ali, não há tempo; não há próximo compasso e não se passou nenhum. Só há o agora!

Eu sei, tá muito doido isso... mas é uma sensação! E é forte! E parece como se tocasse o eterno, o sempre, o divino!...

Eu sei, eu sei... veja isso:



A primeira vez que vi esse vídeo, fiquei muito chocado, muito emocionado. Parecia ver esse instante que comentei acima, a mesma experiência.

O tema da música que estão tocando (chamada “Prism”, do disco do pianista Keith Jarrett, “Changes”, de 1984) nem aparece no vídeo. O trecho em questão começa logo após o final do solo do baixista Gary Peacock; a música pede um novo rumo e eles obedecem.

Muito bom! Muito honesto e verdadeiro. Acho que é essa verdade que emociona...

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom!
Que som é esse...rs

Anônimo disse...

Amigão, este trio é simplesmente o que melhor retrata o que vc quis dizer. Por falar nisso, o documentário sobre o Jarrett - "The Art of Improvisation", é simplesmente sensacional. Bom, só pra completar, é do nosso amigo Keith talvez o maior registro deste tipo de momento: o Koln Concert.