O extraordinário fascina, conquista no ato. Emudece, hipnotiza. O extraordinário ultrapassou o que nos cerca, se destacou do que sempre esteve lá, do rotineiro.
Se ele merece tanta atenção? Isso não vem ao caso agora... O fato é que, agora, ele é extra; ele está muito além do ordinário!
Bem, já este é o que sempre esteve lá e sempre estará. O ordinário pode até ser imprescindível mas, seguramente, será apenas ordinário. Aquilo que se vê todo dia, rotineiro; já passa despercebido...
Mas, pro artista, não pode ser assim.
O olhar do artista precisa do ordinário, precisa do que o cerca. O artista é capaz de transformar o costumeiro em algo sensacional: papel branco em extraordinário, tinta em espetáculo!
E quanto mais ordinária é sua matéria-prima, mais pura e transparente é sua verdade - pois o que o cerca, também indica quem ele é -. E quanto mais próximo ao que lhe é próprio, mais sincera e original será sua inspiração.
E, finalmente, eis o que há de mais extraordinário: se ver na obra construída a partir do ordinário que nos cerca, que reside em nós.
Eis o extraordinário! Eis a arte!
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