Hoje vi um artista nascendo!
Ele estava lá: tímido, sem a noção de já estar nascido... Mas completamente seguro e esclarecido sobre seu olhar. Falamos sobre objetivos e, alí mesmo, tive a convicção de que o objetivo é sempre buscar novos objetivos. A originalidade é filha da experimentação.
Mas, sendo ela filha da experimentação, e sendo a experimentação a experiência com o novo, então, o que é original precisa nascer do novo - sempre de novo.
Assim é o homem: sendo ele conservador ou moderno, é sempre alguém novo. E se o homem envelhece se fazendo sempre novo, então a morte é a eternização do novo.
Pois então, a arte busca se consumir na nova experiência. Morre a tinta, nasce o quadro; esvai-se o sopro, nasce a nota; destroi-se a pedra, brota a escultura...
No artista reside a ânsia de se morrer de novo.
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2 comentários:
Ê, coisa boa de se ler!
O artista é isso tudo aí mesmo, sem tirar nem pôr.
Afinal, a única coisa que não se pode copiar é a originalidade.
Estar presente em um momento tão especial, é um presente!!!
Música na alma, nas veias , no ar.
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